janeiro 27, 2013

100 anos.


Ah minha pequena! 
Eu já passei pelo o que estás passando. Consigo imaginar como se sentes. Um trilhão de sensações em menos de um quarto de segundo quando ele aparece. Acertei? Eu sei como você ficou por ele ter reaparecido na sua vida. Sei quais foram os planos que fizeste na noite passada até pegar no sono e sei quais são as borboletas que surgem quando você o vê de longe. Ah eu sei, como sei! Não me diga que acabou e que nada vai voltar a ser como era antes, porque no fundo, não tão fundo assim, você está esperando o caminho dele se cruzar com o teu de novo. Mas ei, pequena, dizem que caminhos conhecidos sempre nos levam ao mesmo lugar. Não, não fique brava. Não fui eu quem disse isso. Sei que já deves ter escutado isso por ai. Sei também que o aceitou com outra. E que outra, eihn? Mas tudo bem, né? Sei que isso não faz a menor diferença, porque pô, vocês são só amigos, e ele tem mesmo que reconstruir sua vida e depois de tanto tempo não teria sentido você sentir ciúme, porque pô, tudo ficou lá no passado! E mesmo que ele suma aos finais de semana com ela e só te procure nos horários alternativos, tá valendo! Somos só ami...ops! Vocês são só amigos agora, né? E Deus, como você sentiu a falta dele, eihn? Como você chorava durante as noites, se lembra? E os banhos quentes durante as madrugadas? As lágrimas durante filmes e músicas? Mas pô, passou, né? E ah, estás saindo de casa já? Refez tuas amizades? Entrou em uma universidade? Concluiu teu curso de espanhol? Ele já se formou, você ficou sabendo? Dizem que ele estava lindo na festa! Mas agora já está morando sozinho aonde vocês iriam morar, se lembra? Ele continua sem saber como se faz arroz e te manda mensagens te perguntando quantos copos de água tem que colocar ou quantas colheres de sal, né? E você continua alí, né pequena? Firme, forte, paciente e com esperanças. Acertei?